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Os espaços públicos de Catalão-GO são de todos/todas?

  • Por Redação
  • 4 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Estamos presenciando em Catalão um movimento de operações policiais que estão nos respondendo à questão exposta no título deste artigo: não, os espaços públicos não são de todos/todas.


Está havendo monitoramento nas praças e espaços onde jovens se situam, espaços usados já que não há espaços públicos específicos para esta faixa etária e agora vemos que não sobrará nem praças para que possam ir. Para onde irão?


Nas últimas semanas ocorreram abordagens desproporcionais, violentas e constrangedoras em vários locais da cidade e em situações tais como: na praça do estudante (Bairro Mãe de Deus), onde vários estudantes foram abordados (com mochilas, menores de idade e maiores) aguardavam ônibus para ir embora ou esperavam alguém buscar e outros simplesmente usavam o espaço PÚBLICO.

Muitos estudantes ficaram em estado de pânico, muitos tremiam, foram alvos de xingamentos e inclusive um estudante foi retirado de dentro da escola a força, questão que deve ser avaliada pelo conselho tutelar. Outro episódio (ou episódios, pois foram várias intervenções da polícia) ocorreu na praça universitária próxima à UFG. Durante evento cultural, organizado pelos próprios jovens - pois, sem espaços para eles na cidade eles próprios se organizaram/se organizam e criaram seus espaços - foram abordados durante o evento e constrangidos.


Frente ao que vem ocorrendo algumas questões aparecem: as pessoas que frequentam estes espaços são das classes populares, frequentam pois não há outros espaços e atividades para se situarem e, por outro lado, frequentam porque o espaço é PÚBLICO e, em tese, poderia ser frequentado por quem queira. Não estaria havendo um enxugamento ou limpeza dos mais pobres nos espaços públicos? Por que ao invés de atitude truculenta a prefeitura não dá melhores condições e qualidade de vida para estas pessoas? Por que não constrói espaços culturais pelas regiões periféricas? Qual interesse em reprimir a força juvenil? Dentre estas questões encontramos ideias que poderiam ser consideradas para um planejamento de prevenção contra violência e drogas, os governantes precisam pensar em ações que atinjam a causa das problemáticas: as condições econômicas-sociais.


Mas, sabemos que usar a força é mais fácil e dá impressão de que se está fazendo algo.


Na verdade o prefeito atual e o anterior fazem é uma repressão desmedida, os pobres continuarão sem paz, sem locais para cultura e lazer, continuarão criminalizados e marginalizados.

Para quem estava nas redes elogiando o trabalho da PM eu digo que, realmente, ela está fazendo o papel dela que é o de reprimir com violência, mas os mandantes da PM não estão prevenindo, eles não conseguem monitorar todas as pessoas e falham no combate às drogas, pois, com tantos policiais que Goiás possui já era para termos erradicado esta questão, não? Não previnem, prevenção é dar qualidade de vida para as pessoas, eles tentam tapar o sol com a peneira e sabemos que tentam remediar a questão e não funciona. Os espaços de Catalão estão sendo pensados para pouquíssimos, principalmente no centro, se esquecem das periferias e das condições de vida, que estão de mal à pior.


As questões sociais (as grandes causas de nossas mazelas) serão mais uma vez esquecidas dando lugar ao uso da força policial para dar privilégio à alguns e nós dizemos que ocuparemos sim o espaço que é nosso: o espaço público e quiçá os espaços ditos privados.


 
 
 

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